Após fala de Lula, Bolsonaro defende vacina e "tratamento opcional"

Um dia após país registrar mais de 1900 óbitos por Covid-19, presidente pediu que população "confie no governo"

Foto: Reprodução
Bolsonaro participa de evento usando máscara

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) discursou pela primeira vez após o  ex-presidente Lula (PT) se pronunciar  sobre a anulação de suas condenações na Lava Jato, nesta quarta-feira (10), e mudou o teor da fala em relação à pandemia do novo coronavírus (Sars-Cov-2).

Bolsonaro , ao lado de ministros, sancionou projetos de lei que ampliam a capacidade de compra de vacinas . Segundo o chefe do executivo, até o momento, 270 milhões de doses foram adquiridas, todavia, apenas 4% da população foi vacinada até agora.

Quase que de maneira inédita, o presidente usou máscara antes e depois de discursar. Em sua fala no Palácio do Planalto, disse que o “Brasil está fazendo sua parte” acerca da aquisição de imunizantes, mas também defendeu o uso de medicamentos sem comprovação no combate à doença.

“Não existe um medicamento ainda com comprovação científica, mas muitos médicos afirmam que existe tratamento opcional, que deve ser buscado”, afirma Bolsonaro.

Ao comentar sobre os casos de Covid-19 no Palácio do Planalto, revelou que “mais de 200 pessoas foram contaminadas”, e citou a Cloroquina, Anita, Azitromicina e vitamina D como alguns dos medicamentos do ‘tratamento opcional’ usado por “quase todos”.

Até a última terça, o Brasil registrou mais de 268 mil mortes em decorrência do novo coronavírus, em um momento onde a pandemia registra seu pior momento no país.

Apesar disso, um dia depois do Brasil registrar novo recorde de óbitos por Covid-19, pediu a população que “confie no governo e no ministério da Saúde”.