Bolsonaro critica lockdown: "meu exército não vai obrigar povo a ficar em casa"
Presidente se isentou da responsabilidade na crise da Covid-19 no Brasil: "não cobre de mim"
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a criticar medidas de isolamento social em conversa com apoiadores no 'cercadinho' do Palácio da Alvorada, em Brasília, nesta segunda-feira (8).
"Alguns querem que eu decrete lockdown, não vou decretar e pode ter certeza de uma coisa, o meu Exército não vai para a rua obrigar o povo a ficar em casa", disse.
Devido ao iminente colapso do sistema de saúde, aliado ao aumento de casos e de óbitos pelo novo coronavírus (Sars-Cov-2), diversos estados, como São Paulo, Distrito Federal, Rio Grande do Sul e Pará fecharam todas as atividades não essenciais e decretaram toque de recolher.
"Parece que está voltando a onda de lockdown", declarou Bolsonaro . "Vamos ver até onde o Brasil aguenta esse estado de coisas”, completa, se referindo às medidas de isolamento adotadas por estados e municípios.
Se isentando da responsabilidade pelo momento vivido pelo Brasil, com o pico da pandemia de Covid-19, registrando recordes de mortes na última semana, o presidente pediu que “não cobrem” ele. “Se eu fosse o dono de tudo aqui, seria o que chamam de ditador”, afirma.