Oposição critica decisão de Lira e promete ir ao STF: "autoritária e ilegal"

Em seu primeiro ato como presidente da casa, candidato apoiado por Jair Bolsonaro excluiu bloco adversário da Mesa Diretora

Foto: Pablo Jacob/Agência O Globo
O novo presidente da Câmara, Arthur Lira, e o ex-presidente Rodrigo Maia

Partidos que apoiaram a candidatura do deputado federal Baleia Rossi (MDB-SP) à presidência da Câmara anunciaram que entrarão com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a decisão do novo presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL) , de rejeitar o registro do bloco rival. Com isso, Lira retirou da Mesa Diretora os cargos das siglas que apoiaram o rival na eleição.

Em nota, assinada por "líderes e parlamentares" de nove partidos, o bloco classificou como "autoritário, antirregimental e ilegal" o ato de Lira e afirma que o presidente da Câmara "coloca em sério risco a governabilidade da Casa". O texto foi assinado por PT, MDB, PSB, PSDB, PDT, PCdoB, Cidadania, PV e Rede.

Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados
Oposição contesta vitória de Lira e promete ir ao STF

O argumento de Lira é de que o bloco foi constituído com atraso. O MDB pediu o registro do agrupamento partidário às 13h35 desta segunda-feira, depois do prazo das 12h. Rodrigo Maia (DEM-RJ), então presidente, aceitou a formação do bloco com atraso, o que gerou protestos dos aliados de Lira ao longo do dia.

"Os que ousam defender uma Câmara altiva ele quer calar, já em seu primeiro movimento, tentando esmagar a representatividade de nossos partidos e de nosso bloco. Não aceitaremos. Vamos ao STF em defesa da democracia e do Parlamento brasileiro", diz a nota.