Arthur do Val cita "open bar de crimes" e vê impeachment de Bolsonaro possível
Em entrevista, o deputado estadual, que é conhecido como "Mamãe Falei", afirmou ainda que o "bolsonarismo como tese morreu" e disse mirar eleições para o Governo de São Paulo em 2022
Candidato do Patriota na última eleição municipal em São Paulo, na qual acabou surpreendendo e terminando em 5° lugar, o deputado estadual Arthur do Val, conhecido como "Mamãe Falei", tem se posicionado a favor do impeachment de Bolsonaro
nas redes sociais. Segundo ele, o governo é um "open bar de crimes" e, por este motivo, a abertura do processo contra o presidente
é viável.
"Ele (Bolsonaro) é um criminoso. Costumo brincar que é um governo "open bar" de crimes. Tem falsificação de assinatura de ministro, interferência na Polícia Federal, compra de um remédio superfaturado, que é a cloroquina, sem nenhum tipo de evidência de eficácia, o total desprezo pela ciência no combate à maior pandemia que vivemos no nosso século", afirmou Arthur do Val , em entrevistas ao jornal Folha de S.Paulo.
Questionado sobre a viabilidade do processo, em comparativo com o episódio vivenciado pela ex-presidenta Dilma Rousseff, "Mamãe Falei" disse que a mudança no último governo foi benéfica: "diferente das previsões da época, o que se teve no país foi mais estabilidade. O impeachment fortalece as instituições. Mostra que um governo não está acima das instituições".
Críticas a João Doria e foco nas eleições de 2022
Em outro momento, ao ser perguntado sobre a condução da pandemia em São Paulo, do Val não poupou críticas ao governador João Doria , a quem chamou de "falso, animal político e marqueteiro": "por carência de viturdes, se baseia nos erros de Bolsonaro. É um péssimo governador. Teve vitória na vacina, mas não fez o lockdown como deveria e ainda aumenta impostos. Isso é inadmissível".
Segundo o deputado, o objetivo é disputar as eleições para o Governo de São Paulo em 2022 como uma "alternativa" da direita ao possível candidato de Bolsonaro: "não acho que o bolsonarismo esteja morto, longe disso, mas a única chance que tem é de as pessoas não encontrarem representantes e, dependendo das opções que tiverem, Bolsonaro ganhar alguma força para a reeleição".