Covid-19: Presidente da Tanzânia descarta vacina e diz que Deus protegerá país

Governo não divulga relatórios sobre a doença desde abril do ano passado

Foto: Reprodução/Twitter
Presidente da Tanzânia John Magufuli

John Magufali, presidente da Tanzânia , declarou, sem provas, nesta quarta-feira (27) que as vacinas que combatem o novo coronavírus (Sars-Cov-2) e que como forma de combate a pandemia, recomendou rezar “enquanto cultiva milho e batatas”.

O líder do país africano apresenta desde o início da pandemia uma postura negacionista em relação à doença. A Tanzânia não passou por quarentena obrigatória, e o governo não divulga estatísticas relacionadas a Covid-19 desde abril do ano passado.

“Vacinas são perigosas. Se pessoas brancas pudessem propor a vacinação, a AIDS e a tuberculose já poderiam ter sido eliminadas”, declarou.

“Nós tanzanianos não nos trancamos e não espere que nos tranquemos. Eu não espero anunciar nenhum lockdown porque nosso Deus vive e Ele continuará protegendo os tanzanianos”, completa Magufali, em discurso feito em sua cidade natal,  na região norte do país.

Indo na contramão do mundo, onde a vacinação está sendo incentivada e aplicada em países em todos os continentes, o presidente Tanzaniano sugeriu a 'inalação de neblina’ como forma de combater a Covid-19 :

“Também continuaremos a tomar precauções de saúde como o uso da inalação. Você inala vapor enquanto reza a Deus, você reza enquanto cultiva milho e batatas, para que possa comer bem e o corona não consiga entrar no seu corpo. Eles assustarão muito vocês, meus companheiros tanzanianos, mas vocês devem se manter firmes” , afirmou. Vale lembrar que esse método não é comprovado cientificamente.

Segundo o site Worldometer, o país africano tem pouco menos de 600 casos e 21 óbitos em decorrência da Covid-19.