PT aciona Justiça contra Bolsonaro por acusações de fraude ao sistema eleitoral
Parlamentares pedem que sejam tomadas ações para responsabilização penal do presidente por improbidade administrativa
Nesta quinta-feira (7), o Partido dos Trabalhadores (PT) protocolou duas representações contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e na Procuradoria-Geral da República (PGR). As informações foram dadas pela Carta Capital .
O PT acredita que as acusações sem provas de fraude nas eleições de 2018, feitas por Bolsonaro, ferem o Estado Democrático de Direito.
O documento tem assinatura de Gleisi Hoffmann (PR), presidente nacional do partido, e dos líderes da sigla na Câmara, Enio Verri (PR), e no Senado, Rogério Carvalho (SE).
A representação menciona a declaração que o chefe do Executivo deu na última quarta-feira (6) ao comentar a invasão ao Congresso americano : “se nós não tivermos o voto impresso em 2022, uma maneira de auditar o voto, nós vamos ter problema pior que os Estados Unidos”.
Além disso, também é citada uma fala do dia 9 de março de 2020, quando Bolsonaro afirmou que a eleição foi fraudada e que ele venceu o pleito presidencial no primeiro turno.
Os petistas solicitam que seja instaurado um processo administrativo para apurar as declarações de Bolsonaro sobre o tema e, caso haja improcedência, que sejam tomadas ações para responsabilização penal do presidente por improbidade administrativa .
“De maneira irresponsável, o presidente da República, Jair Bolsonaro, volta a atacar o processo eleitoral brasileiro de 2018 e agora faz ameaças em relação às futuras eleições de 2022! Trata-se de grave e séria manifestação que precisa ser apurada”, escrevem os parlamentares.
“Ele vem repetindo acintosamente essa acusação , sem que os órgãos de controle e de Estado atuem para apurar o que vem afirmando explicitamente o chefe do Poder Executivo Federal”, diz a representação.
Os petistas ainda afirmam que “esses reiterados ataques promovidos por um presidente irresponsável só estão acontecendo pela reiterada inércia dos órgãos de controle”.