Rodrigo Maia diz que deve definir candidato de seu bloco até quarta-feira

Líderes do bloco se reuniram para almoço na residência oficial

Deputado federal Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara
Foto: Najara Araújo/Câmara dos Deputados
Deputado federal Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) , disse nesta segunda-feira (21) que seu bloco deve decidir, nos próximos dias, qual será o nome apoiado como candidato à presidência da Câmara na eleição em fevereiro de 2021.

O bloco conta com onze partidos: DEM, MDB, PSDB, PSL, Cidadania, PV, PT, PSB, PDT, Rede e PCdoB.

Baleia Rossi (MDB-SP) é o favorito como candidato, mas conta com resistência de senadores de seu partido. Eles acreditam que sua candidatura na Câmara pode atrapalhar um nome do MDB no Senado.

Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) também é cotado, mas não tem o apoio da cúpula de seu partido .

O PT, com 54 deputados, está no bloco  com Rodrigo Maia , mas também quer apresentar um nome próprio para a disputa.

Você viu?

Os líderes que integram o bloco veem como muito improvável, no entanto, a possibilidade de ser escolhido um nome de esquerda.

"[O nome] sai antes do recesso. Até quarta-feira no máximo espero que a gente tenha um encaminhamento dado, ouvindo a todos", disse Maia a jornalistas.

Ele também se defendeu da acusação de deputados do centrão governista — bloco liderado por  Arthur Lira (PP-AL), candidato a presidente da Câmara — de que ele quer cancelar o recesso para influenciar a sucessão na Casa.

Maia disse que o Brasil tem  temas urgentes para debater em janeiro na pauta econômica e social.

"Vivemos uma realidade da população brasileira e vivemos uma bolha do governo em Brasília que acha que as coisas vão caminhando muito bem. A intenção de uma pauta no recesso era para tentar resolver esses problemas emergenciais em relação à sociedade brasileira. Mas não foi possível. Vamos em frente", declarou o presidente da Câmara.

Líderes da Câmara e do Senado não entraram em acordo sobre a proposta de cancelar o recesso em janeiro, como querem Rodrigo Maia e outros parlamentares.