Câmara vai votar MP da vacina sem exigir de "termo de consentimento", diz Maia

Governo federal defende que vacinados assinem documento que os responsabilizem pela aplicação do imunizante

Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara
Foto: Michel Jesus/Câmara dos Deputados
Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta terça-feira (15) que a medida provisória que prevê uma quantia de R$ 20 bilhões para a compra de vacinas contra a Covid-19 será votada na Casa sem a exigência que as pessoas assinem um "termo de consentimento".

Pela manhã, o relator da MP na Câmara, deputado Geninho Zuliani (DEM-SP), informou que a exigência do termo seria incluída no texto que tramita no Congresso. A declaração foi dada após reunião com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no Palácio do Planalto.

Maia disse que conversou com Zuliani e que, se quiser, o governo terá de enviar essa proposta como uma emenda. A medida é defendida por Bolsonaro, que chegou a dizer nesta segunda (14) que incluiria esse termo de responsabilidade em uma nova MP .

"Esse não é um tema da Câmara, esse tema veio do governo. Se o governo tiver interesse, apresente a emenda por um deputado, faça o destaque e tente ganhar no plenário. Não pode o relator da Câmara assumir a responsabilidade sobre um tema que nós não temos convencimento que é o caminho correto, para aprovação dentro da medida provisória", afirmou Maia.

No fim da tarde, Zuliani confirmou que a regra não seria mais incluída na MP que já tramita, que é relacionada ao consórcio Covax Facility. Esse consórcio é um programa global coordenado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para impulsionar o desenvolvimento e garantir a compra de vacinas contra a Covid-19. A coalizão envolve mais de 150 países, e a adesão do Brasil será prevista na MP.