Reforma do vale do Anhangabaú já custa R$ 105,6 milhões; valor era de 79 milhões
Valor inclui reajuste previsto em contrato e é 32% maior que o inicial. Previsão de entrega é antes do fim do ano
O custo do vale do Anhangabaú já custa R$ 105,6 milhões aos cofres da Prefeitura de São Paulo . Em comparação com o valor inicial, que foi definido em 2017 quando foi assinado o contrato para a revitalização, houve um aumento de 32,1%. O preço inicial da obra era R$ 79,9 milhões.
De acordo com informações do jornal Folha de S.Paulo
, a Prefeitura da capital paulista já empenhou R$ 105,6 milhões. Desse total, R$ 93 mil já foram pagos ao Consórcio Central, formado pelas construtoras FBS e Lopes Kalil, que são responsáveis pela obra.
Esse aumento, porém, não veio de uma vez só. Primeiro, o valor de inicial de R$ 79,9 milhões foi reajustado para R$ 93,8 milhões, um acréscimo de 17,4%. Na ocasião, o consórcio informou que o aumento do custo foi causado por imprevistos na obra e alterações do projeto da praça de esportes e adequação do sistema de fontes.
Segundo a Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras, os R$ 11,8 milhões correspondem ao "reajuste previsto no contrato para obras, com base na lei das licitações para os casos de obras com duração superior a 12 meses".
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O plano de reforma do Anhangabaú foi feito na gestão de Fernando Haddad (PT) e retomado pelo prefeito Bruno Covas (PSDB) em 2019, com estimativa de entrega em junho de 2020.
Com a pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2), no entanto, o prazo foi estendido para 21 de setembro, mas acabou novamente adiado para 31 de outubro. Após os adiamentos a abertura mesmo assim não ocorreu. A obra foi um dos principais alvos de críticas dos adversários de Covas nas eleições municipais.
A nova previsão é a de que o Anhangabaú seja aberto a partir da segunda quinzena deste mês, de maneira gradual. Há um planejamento da ativação de quiosques e espaços no entorno.
A obra tem recebido críticas pelo alto valor empregado e o novo projeto. Entre as mudanças reprovadas por especialistas estão a retirada de árvores do centro do espaço e a possibilidade de realizar eventos privados pela empresa que assumir a gestão, além do apagamento do projeto anterior.
O novo Anhangabaú terá 850 fontes, 303 pontos de iluminação, pista de skate, 12 quiosques e bancos. A prefeitura também afirma que o espaço tem 537 árvores, 355 delas preservadas do projeto anterior.