Carlos Bolsonaro cria projeto para proibir linguagem de gênero neutro
Projeto de lei prevê penalidade a instituições de ensino que descumprirem as normas
O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) publicou um projeto no Diário Oficial do Rio de Janeiro para proibir "terminantemente" o uso de "linguagem que, corrompendo às regras gramaticais estabelecidas e aprovadas no país, pretendam se referir a gênero neutro , inexistente na Língua Portuguesa".
"Atualmente, nos tornamos testemunhas da destruição sistemática de nossa cultura, em todos os níveis, com especial requinte de crueldade sobre a nossa Língua materna, pervertida para atender às pressões de grupos ínfimos que pretendem derrubar sua norma culta para implementar uma degenerescência canhestramente chamada de linguagem neutra", justifica o projeto.
De acordo com o 02 -como e chamado por seu pai, Jair Bolsonaro (sem partido)- objetivo é defender a educação correta e regular de nossa Língua", como também evitar "perversões e alterações maliciosas e progressistas".
O PL visa não só extinguir a "linguagem neutra" da rede pública, como também da particular. O projeto prevê penalidade que pode chegar à suspensão do alvará de funcionamento do colégio que violar a norma.
A linguagem neutra é um modo de se referir sem especificar o gênero, seja masculino ou feminino. Exemplos: todos (todes/todxs); ele (elu/elx).