Damares critica colégio do Rio por uso de "linguagem neutra": "Uma palhaçada"

Ministra afirmou em live com o presidente Jair Bolsonaro que mudança é para "destruir a nossa língua"

Bolsonaro em live com a ministra Damares Alves
Foto: Reprodução/Facebook
Bolsonaro em live com a ministra Damares Alves

A ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves , criticou nesta quinta-feira (12) a  decisão de um colégio do Rio de Janeiro de começar a usar a "linguagem neutra" no ambiente escolar. "Soa como uma grande palhaçada", afirmou a ministra na live do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Nesta quarta-feira (11), o Colégio Franco-Brasileiro emitiu circular aos pais falando sobre o "compromisso com a promoção do respeito à diversidade e da valorização das diferenças". A escola chamou a medida de "suporte institucional à adoção de estratégias gramaticais de neutralização de gênero em nossos espaços formais e informais de aprendizagem".

"Essas pessoas estão querendo fazer uma reforma ortográfica sem falar com o Brasil. Não é dessa forma que se impõe uma mudança. Querem destruir a nossa língua. A inclusão se faz com políticas públicas e não mudando palavras", comentou Damares.

O uso da "linguagem neutra" tem como objetivo promover a neutralização de gênero gramatical por meio da adoção de um conjunto de operações linguísticas voltadas tanto ao enfrentamento do machismo e do sexismo no "discurso quanto à inclusão de pessoas não identificadas com o sistema binário de gênero", diz o documento do colégio.

Dessa maneira, a instituição decidiu permitir que docentes e estudantes manifestem livremente sua identidade de gênero. No entanto, além dessa medida, o que mais causou polêmica foi o fato de a escola também substituir a expressão "queridos alunos" por "querides alunes", por exemplo, para incluir múltiplas identidades.