Helder Barbalho é alvo de operação que investiga desvios na saúde
Dois secretários e um assessor do governador do Pará foram presos nesta terça-feira (29)
Por iG Último Segundo |
O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), é um dos investigados pela Operação S.O.S, realizada nesta terça-feira (29) pela Polícia Federal . Dois secretários e um assessor de Barbalho foram presos.
As investigações apuram supostos desvios em contratos de organizações sociais para a gestão de unidades hospitalares do estado e para instalação e administração dos hospitais de campanha.
A Operação S.O.S expediu mandados de busca e apreensão e a PF realizou buscas no gabinete de Helder Barbalho .
Dois secretários e um assessor do governador foram presos: Parsifal de Jesus Pontes, secretário de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia e ex-secretário da Casa Civil; Antonio de Padua, Secretário de Transportes; e Leonardo Maia, assessor de gabinete.
O ministro Francisco Falcão, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), citou, em decisão que autoriza a S.O.S, "robustos indícios da anuência e participação" do governador em esquema criminoso de desvios de recursos da saúde pública .
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As autoridades policiais dizem que há a possibilidade de Helder Barbalho exercer função de liderança no grupo criminoso, "com provável comando e controle da cadeia delitiva".
"Os fatos descritos se revestem de ainda maior gravidade diante do claro aproveitamento da situação de calamidade de saúde pública vivenciada em todo o país e, especialmente, no Estado do Pará , decorrente da pandemia de Covid-19, para a maximação dos lucros do grupo criminoso, mediante a expansão das atividades com a instalação dos hospitais de campanha", diz Falcão.
Indícios de irregularidade foram identificados na contratação das seguintes organizações: Instituto Panamericano de Gestão-IPG, Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Birigui, Associação da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Pacaembu e Instituto Nacional de Assistência Integral (Inai).
Os contratos somam R$ 1.284.234.651,90 e foram assinados entre agosto de 2019 e maio de 2020.
Em nota, o governo do Pará afirmou que "apoia, como sempre, qualquer investigação que busque a proteção do erário público".