Depois de abertura de inquérito por homofobia, ministro recebe Flávio Bolsonaro

Ministro da Educação disse que entrevista na qual relacionou homossexualidade com "família desestruturada" foi 'interpretada de modo descontextualizado'

Milton Ribeiro, ministro da Educação
Foto: Reprodução/Facebook
Milton Ribeiro, ministro da Educação

Depois da Procuradoria-Geral da República (PGR) pedir abertura de inquérito contra o ministro da Educação, Milton Ribeiro, por homofobia , o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), deve fazer uma “visita de cortesia” ao chefe da pasta na segunda-feira. O compromisso conta na agenda oficial do ministro.

A reunião com o filho do presidente deve acontecer no gabinete do ministro com a presença do secretário-executivo da pasta, Victor Godoy, Marcelo Mendonça, chefe da assessoria especial para assuntos parlamentares e Odimar Barreto, assessor especial do ministro.

Em entrevista dada na semana passada ao jornal “O Estado de S. Paulo”, que levou à abertura da investigação, o ministro associou a homossexualidade a “famílias dejasustadas”. A fala causou reações no Congresso e entre especialistas, que condenaram as declarações.

Em uma delas, o ministro diz que a homossexualidade “não é normal” e que “não concorda”, mas respeita o que classifica como “opção”.

"Quando o menino tiver 17, 18 anos, ele vai ter condição de optar. E não é normal. A biologia diz que não é normal a questão do gênero. A opção que você tem como adulto de ser um homossexual, eu respeito, não concordo".

Na noite de sábado, o ministro disse em rede social que sua entrevista foi "interpretada de modo descontextualizado". Ele afirma que não pretendeu " discriminar ou incentivar qualquer forma de discriminação em razão de orientação sexual."