Ministros do STF falam em nepotismo sobre nomeação de filha de Braga Netto

Ministros foram ouvidos sob condição de anonimato e disseram que a nomeação para a ANS é nepotismo

Ministro Braga Netto, chefe da Casa Civil
Foto: Isac Nóbrega/PR
Ministro Braga Netto, chefe da Casa Civil


Ministros do Supremo Tribunal Federal ( STF ) foram ouvidos pelo jornal O Globo, que publicou uma reportagem em que os magistrados afirmam que a nomeação da filha do ministro da Casa Civil, general Braga Netto, para um cargo de gerência na Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) é nepotismo . A filha do general é formada em design pela Escola Superior Propaganda e Marketing (ESPM).


Os ministros foram ouvidos sob condição de anonimato e defenderam que o caso, que deve chegar à corte, será enquadrado como nepotismo, prática que não é admitida pela administração pública desde 2008. A nomeção de Isabela Braga Netto foi aprovada pelo próprio pai, chefe da pasta Civil, caso venha a exercer o cargo a mulher receberá o salário de R$ 13 mil.

A filha de Braga Netto é cotada para substituir Gustavo de Barros Macieira, servidor de carreira da agência e especialista em Direito do Estado e da Regulação pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). A exoneração de Gustavo foi solicitada pelo diretor-adjunto da Diretoria de Desenvolvimento Setorial. A nomeação para a vaga é considerada um procedimento simples, pois exige apenas a análise do currículo.

Se Isabela assumir o cargo será responsável pelos contratos firmados entre apoiadores e prestadores de serviço de atenção à saúde, além de apurar infrações cometidas por agentes da saúde. O jornal O Globo também apurou que Isabela tentou assumir uma vaga temporária temporária na 1ª Região Militar do Exército do Rio, mas foi reprovada .