Vice-presidente Hamilton Mourão
Isac Nóbrega/PR
Vice-presidente Hamilton Mourão

Depois de defender que os militares eram os responsáveis por "mais uma vez" manter a estabilidade institucional do país, no domingo, dia de protestos contra e pró-governo em todo o país, o vice vice-presidente Hamilton Mourão chamou os  manifestantes de "delinquentes ligados ao extremismo internacional", fez críticas a um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e à imprensa ao analisar os atos do fim de semana.

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Em artigo publicado no jornal "O Estado de S.Paulo", nesta quarta-feira, o general ataca, sem citar nome, o ministro Celso de Mello, do STF, que comparou a situação política atual do Brasil à da Alemanha nazista e disse que a intervenção militar pretendida por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro significava a instauração de uma “ ditadura militar ” no país.

"Tal tipo de associação, praticada até por um ministro do STF no exercício do cargo, além de irresponsável, é intelectualmente desonesta", escreve Mourão sem citar o decano do Tribunal, relator do inquérito que apura interferência de Bolsonaro na Polícia Federal.

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Mourão acusa a imprensa por "incensar" ações criminosas apoiadas por lideranças políticas no domingo e sugere que "baderneiros são caso de polícia e devem ser conduzidos debaixo de vara às barras da lei".

"Aonde querem chegar? A incendiar as ruas do País, como em 2013? A ensaguentá-las como aconteceu em outros países?", pergunta. O general questiona se é razoável comparar o regime político na ditadura com o momento que vivemos no país e que "sessentões e setentões nas redações e em gabinetes da República resolveram voltar aos anos dourados de agitação estudantil".

No texto, o general também comenta os protestos contra o racismo após o assassinato de um homem por policiais nos Estados Unidos e diz que o Brasil é um país livre do "ódio racial", que não precisaria importar "problemas e conflitos de outros povos".

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Ao final, o vice-presidente pede "convergência em torno de uma agenda mínima de reformas" para enfrentar a catástrofe fiscal herdada de governos tomados por ideologia, ineficiência e corrupção" diante da catástrofe social, instalada com a pandemia do coronavírus.

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