Alexandre de Moraes vai pedir à PGR providências sobre ameaças de Sara Winter

Após ser alvo de operação, ativista postou vídeo em que ataca ministro do STF; Sara é alvo de inquérito sobre a propagação de fake news

Após ser alvo de operação, ativista postou vídeo em que ataca ministro do STF
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Após ser alvo de operação, ativista postou vídeo em que ataca ministro do STF

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, vai pedir ao procurador-geral da República, Augusto Aras, que tome providências cabíveis em relação aos ataques da ativista Sara Winter.

Alvo da operação da Polícia Federal desta quarta-feira no inquérito que apura fake news e ataques contra integrantes da Corte,  a ativista ameaçou em vídeo o ministro que conduz as investigações no Supremo.

Winter afirmou que "essa foi a pior decisão da vida" de Moraes e que o ministro "nunca mais vai ter paz". "Pois você me aguarde, Alexandre de Moraes, o senhor nunca mais vai ter paz na vida. Hoje, o senhor tomou a pior decisão da vida do senhor", disse.

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Segundo apuração, Moraes já encaminhou o vídeo para a Procuradoria-Geral da República. Como a ativista não tem foro perante ao Supremo, a tendência é a de que Aras encaminhe o caso para o Ministério Público Federal na primeira instância.

No filme, replicado nas redes sociais, a ativista também afirmou que vai "infernizar a vida" do ministro, bem como "descobrir os lugares" frequentados por ele, e "quais são as empregadas domésticas que trabalham" para Moares. “A gente vai descobrir tudo da sua vida, até o senhor pedir pra sair.”

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Winter diz que sua vontade é "trocar soco" com o ministro, a quem se referiu como "filha da puta desse arrombado". Ela ainda afirma que, “infelizmente", não pode fazer isso porque o ministro não mora no mesmo estado que ela.

"Pena que ele mora em São Paulo porque se ele estivesse aqui eu já tava lá na porta da casa dele convidando ele pra trocar soco comigo. Juro por Deus, essa era a minha vontade, trocar soco com esse filha da puta desse arrombado. Infelizmente, eu não posso. Mas eu queria."

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Apoiadora do presidente Jair Bolsonaro e criadora do grupo "300 pelo Brasil", que chegou a montar barracas na Esplanada e divulgar manifestos sugerindo o uso de táticas de guerrilha para “exterminar a esquerda” e “tomar o poder para o povo”, Sara Winter foi uma dos 29 alvos de busca e apreensão da Polícia Federal nesta manhã.

"A PF acaba de sair da minha casa. Bateram aqui às 6h da manhã a mando do Alexandre de Moraes. Levaram meu celular e notebook. Estou praticamente incomunicável! Moraes, seu covarde, você não vai me calar!", escreveu em suas redes sociais.

Em sua decisão, Moraes determinou que fossem apreendidos computadores, tablets,celulares e outros dispositivos eletrônicos relacionados à disseminação de mensagens ofensivas e ameaçadoras contra os integrantes do Supremo. O ministro também pediu o bloqueio das contas em redes sociais dos alvos.