Prefeito de Manaus: Bolsonaro sonha ser ditador, mas é muito estúpido para isso

Em entrevista, Arthur Virgílio Neto (PSDB) afirmou que presidente "deveria calar a boca, ficar em casa e trabalhar"

Em entrevista, Virgílio afirmou que Bolsonaro é cúmplice das mortes causadas pelo novo coronavírus
Foto: Reprodução/CNN
Em entrevista, Virgílio afirmou que Bolsonaro é cúmplice das mortes causadas pelo novo coronavírus

Um dos alvos de Jair Bolsonaro na reunião ministerial que teve as imagens divulgadas na última semana, Arthur Virgílio Neto, prefeito da cidade de Manaus (AM), afirmou que o presidente é co-responsável pelas mortes causadas pela Covid-19 no Brasil e deveria "calar a boca, ficar em casa e trabalhar". 

Leia também: Ministro Dias Toffoli testa negativo para coronavírus

Em entrevista à CNN, Virgílio afirmou que o sonho de Bolsonaro "é ser um ditador, mas é muito estúpido para isso". Além disso, afirmou que o presidente deveria renunciar porque não governa o Brasil: "por favor, cale a boca, fique em casa e trabalhe".

A resposta do prefeito acontece dias depois da divulgação do vídeo da reunião em que Bolsonaro o chamou de "pedaço de m..." por tentar utilizar a pandemia em causa própria.

Sobre as imagens, Virgílio afirmou que a linguagem utilizada pelo presidente o lembrou de uma antiga experiência que teve na cidade de Nova York, nos EUA, e do modo de falar de "cafetões e prostitutas".

Leia também: Rodrigo Maia faz teste de coronavírus após internação de Toffoli, diz jornal

"A maioria da população escuta o que Bolsonaro diz, e isso se comprova pelo fato de que Manaus não parou. Ele é cúmplice das mortes por coronavírus no Brasil. Não sei dizer como um homem com qualificações tão baixas pode ter se tornado presidente de um país com 210 milhões de pessoas", finalizou Virgílio.