Heleno diz que não terá golpe militar: "Ficam provocando para ver se reagimos"

Ministro Augusto Heleno diz possibilidade de golpe "são provocações feitas por indivíduos que não têm coragem de dizer quais são suas ideologia"

Ministro Augusto Heleno foi general de exército
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Ministro Augusto Heleno foi general de exército

Ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e general da reserva, Augusto Heleno negou que haja possibilidade de ocorrer um golpe militar, nesta quarta-feira (20). A fala foi feita em uma live com cerca de 200 pessoas do grupo Personalidades em Foco, em que a maioria do público era oficiais ou comandantes da Marinha.

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“Não passa [pela cabeça dos militares] ditadura, intervenções, isso são provocações feitas por alguns indivíduos que não têm coragem de dizer quais são suas ideologias, que ficam provocando os militares para ver se nós vamos reagir”, afirmou Augusto Heleno, ao negar possibilidade de golpe .

O ministro defendeu que a atual geração de militares foi formada pela geração que viveu a ditadura e instaurou o golpe de 1964 e por isso outra intervenção militar não é visto como uma opção atualmente.

Mas, afirmou que intervenções militares na políticas foram necessárias. “Nossos instrutores, vacinados por toda aquela trajetória de militares se intrometendo de uma forma pouco aconselhável, mas muitas vezes necessária, na política”.

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Augusto Heleno criticou também a nomeação "ala militar" para se referir a militares no governo. “Eu fico revoltado quando ouço essas duas palavrinhas”. Ele também defendeu a presença de egressos das Forças trabalhem na administração pública. "Temos uma dívida com o país”.

Ele também criticou a imprensa, afirmando que essa "só procura as coisas para falar mal do governo ". "Isso é lamentável, porque é contra a nossa visão de democracia e liberdade de imprensa. Só pode ser para derrubar o presidente da República. Não tem outra explicação”, afirmou.

O general da reserva também afirmou que as universidades “foram vítimas de verdadeira lavagem cerebral formação dirigida para esse fanatismo ideológico”. Ele defendeu que a única solução é usar a educação como instrumento de formação do cidadão, para que ele vire "grande profissional, e não um militante político ".

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“Não será fácil recuperar o terreno perdido. A educação precisa ser profundamente reformulada nesse país”, defendeu o ministro, que nega qualquer possibilidade de golpe .