Manifestantes que fizeram ato contra Alexandre de Moraes são denunciados

Ato foi organizado por apoiadores de Bolsonaro que manifestavam contra decisão de Alexandre de Moraes de suspender nomeação de Ramagem

Protesto no dia 2 de maio em frente ao prédio de Alexandre de Moraes
Foto: Reprodução/redes sociais
Protesto no dia 2 de maio em frente ao prédio de Alexandre de Moraes

O Ministério Público de São Paulo denunciou, nesta segunda-feira (11) ao Tribunal de Justiça do Estado, duas pessoas que participaram do protesto contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes , que ocorreu no dia dois  de maio em frente a prédio do ministro.

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Os manifestantes, Antonio Carlos Bonzeri e Jurandir Alencar, são acusados de ameaça, difamação, injúria e perturbação do sossego contra Moraes pela promotora Alexandra Milaré Santos . 

A promotora pede que as penas sejam agravadas por causa dos crimes serem contra um funcionário público e pelo protesto ter gerado aglomeração em meio ao estado "calamidade pública", devido à pandemia.

Os dois, junto com cerca de meia dúzia de pessoas, se reuniram no dia dois com bandeiras do Brasil, cartazes e caixa de som em frente à residência do ministro do STF em São Paulo, onde gritaram ofensas e ameaças contra ele. 

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O ato era realizado por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro .  Eles manifestavam contra a decisão de Moraes do dia 29 de abril de suspender a nomeação de Alexandre Ramagem para diretor-geral da Polícia Federal.

"[Os manifestantes ] Permaneceram por aproximadamente 2 horas em via pública, oportunidade em que, utilizando-se de um microfone acoplado a alto-falante em um carro de som, realizaram diversas ameaças à vítima, tais como 'você e sua família jamais poderão sair nas ruas deste país, nem daqui há vinte anos' e 'nós iremos defenestrá-los da terra', bem como pelo fato de possuírem um caixão acoplado em um dos automóveis utilizados, simulando a morte do ofendido", defendeu a promotora.

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Dois bolsonaristas já haviam sido presos em flagrantes no próprio dia da manifestação. Eles foram proibidos de manterem qualquer contato com Moraes , pessoal ou indireto, em qualquer meio de comunicação. Também devem seguir a restrição de distância mínima de 200 metros do ministro.