Congresso e STF decretam luto por vítimas da Covid-19
Estão proibidas quaisquer celebrações enquanto durar o luto; Bandeira Nacional será hasteada a meio-mastro em frente ao Congresso
Por iG Último Segundo | | com Agência O Globo e Agência Brasil |
Os presidentes da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), decretaram neste sábado (9) luto oficial de três dias no Congresso Nacional pelas cerca de dez mil mortes provocadas pela Covid-19 no país. O Supremo Tribunal Federal (STF) seguiu o exemplo e também decretou luto oficial de três dias. A Bandeira Nacional ficará hasteada a meio-mastro em frente ao Congresso Nacional.
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Segundo a medida do Congresso, ficam proibidas quaisquer celebrações, comemorações ou festividades enquanto durar o luto .“No momento em que o país atinge a triste marca de dez mil mortes oficiais da Covid-19, o Congresso Nacional também sofre a dor de tantas famílias brasileiras que perderam seus entes queridos, sem poder render-lhes as justas homenagens. É uma tragédia que nos devasta mais a cada dia. Dez mil pessoas, amadas e importantes para outras pessoas, cheias de sonhos, tiveram suas vidas interrompidas”, diz nota oficial assinada por Maia e Alcolumbre.
O texto do Congresso também afirma que o “Parlamento, que representa o povo e o equilíbrio federativo desta nação, não está indiferente a este momento de perda, de tristeza e de pesar”. Segundo o texto, a situação é “singular”, com “nossas cidades paradas, nossas crianças sem aulas, nosso povo assustado”. A nota diz que o Congresso Nacional tem feito sua parte “ao tomar medidas legislativas de suporte às pessoas, aos governos e às empresas”.
Ainda segundo os presidentes da Câmara e do Senado, a prioridade agora é proteger a vida dos brasileiros. “Mesmo chorando a morte dos nossos irmãos e irmãs brasileiros, conclamamos todos a manter as recomendações das autoridades de Saúde, diminuindo o ritmo dessa terrível doença, enquanto nos preparamos para um retorno seguro e definitivo à normalidade”, recomenda a nota.
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Manifestação do STF
O presidente do Supremo, ministro Dias Toffoli, disse que “os números, por si só, não dão conta do tamanho da tragédia”, e que “cada vítima tinha um nome e projetos de vida que foram interrompidos, bem como familiares e amigos que agora sofrem com essa grande perda”.
“Em nome do Poder Judiciário brasileiro e do Supremo Tribunal Federal , expresso nossos sentimentos de mais profunda tristeza e também nossa solidariedade aos familiares e aos amigos de cada um desses mais de dez mil brasileiros, cujos entes queridos foram, em grande parte, privados de uma justa despedida”, acrescenta Toffoli ao anunciar o luto em solidariedade à dor dos brasileiros.
Toffoli lembra que os direitos à vida e à saúde, direitos humanos fundamentais, estão amplamente tutelados na Constituição de 1988, “devendo ser largamente resguardados pelo poder público e por toda a sociedade”, disse.
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“Precisamos, mais do que nunca, unir esforços, em solidariedade e fraternidade, em prol da preservação da vida e da saúde. A saída para esta crise está na união, no diálogo e na ação coordenada, amparada na ciência, entre os poderes, as instituições, públicas e privadas, e todas as esferas da federação desse vasto país”, complementou.