Jair Bolsonaro estuda renomear Ramagem para a chefia da PF, diz jornal

Presidente também avalia trocar comando do exército, afirma reportagem; nomeação de Ramagem foi barrada pelo STF na semana passada

Bolsonaro publica vídeo de manifestação realizada neste domingo
Foto: Reprodução Twitter
Bolsonaro publica vídeo de manifestação realizada neste domingo

O presidente Jair Bolsonaro avalia nomear novamente o delegado Alexandre Ramagem para diretor-geral da Polícia Federal nesta segunda-feira (4) e também retirar  do Comando do Exército o general Edson Leal Pujol.  As informações são de reportagem do jornal "Folha de S.Paulo" e assinada pelo jornalista Igor Gielow.

Moro deu à PF diálogos com Bolsonaro e disse que ele deve explicar interferência

Uma segunda indicação de Ramagem pode aumentar a tensão entre o governo e o Supremo Tribunal Federal (STF) que barrou a nomeação do delegado próximo à família Bolsonaro na semana passada. A decisão de impedir a posse de Ramagem foi do ministro do STF Alexandre de Moraes. 

A demissão do antigo diretor-geral da PF, Maurício Valeixo causou a saída do então ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro , do governo de Bolsonaro. No seu discurso de demissão, Moro acusou Bolsonaro de tentar interferir em investigações da PF. 

Mudança nas Forças Armadas

 Outra informação trazida pela reportagem é que Jair Bolsonaro estaria disposto a retirar o general Edson Leal Pujol do comando do Exército. Pujol, diz a matéria, tem divergências com Bolsonaro no desenvolvimento do combate à pandemia da Covid-19.

O nome para assumir o comando do exército seria o do atual secretário de Governo general Luiz Eduardo Ramos, aliado fiel do presidente. No sábado (2) Bolsonaro se reuniu com a cúpula militar, incluindo os comandantes das forças armadas.  

"Chegamos no limite, não tem mais conversa", diz Bolsonaro

No domingo (3), Bolsonaro participou de uma manifestação de apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada. Em um vídeo divulgado em sua conta no Twitter, o presidente afirmou que as forças armadas estão ao seu lado e pediu a "Deus para não ter problema essa semana", disse. "Chegamos no limite, não tem mais conversa" acrescentou.