Presidente Jair Bolsonaro
Agência Brasil
Presidente Jair Bolsonaro

A ala militar do governo Jair Bolsonaro (sem partido) se viu traído pelo presidente com a saída de Sérgio Moro do Ministério da Justiça e da Segurança Pública, segundo relatos ouvidos pela Folha de S. Paulo . Os militares passaram a quinta-feira (23) tentando articular um cenário de consenso entre Moro e Bolsonaro e, nesta sexta (26), as pressões dos militares contra o governo aumentaram.

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A Frente Parlamentar da Segurança Pública, conhecida como bancada da bala no Congresso Nacional, também se irritou com a saída de Moro e está articulando a retirada de seu apoio a Bolsonaro . O deputado Capitão Augusto (PL-SP), líder da bancada, está apenas esperando que todos os 300 signatários da frente se posicionem sobre o assunto, para analisar se há mais de metade deles a favor da retirada.

"É um prejuízo muito grande você perder uma base como essa, tamanho o descontentamento e decepção com a saída do Moro", afirmou Capitão Augusto. A bancada da bala é alinhada ideologicamente com o eleitorado de Bolsonaro, mas vê com preocupação a "postura intransigente do Presidente, que o fez perder um dos seus grandes aliados na luta pela construção de um Brasil mais justo e honesto", divulgou em nota.

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Para a ala militar, Bolsonaro se isolou completamente nesta sexta-feira (24). Eles viram como injustificável a crise entre ele e Moro ter se tornado pública e ficaram chocados com a acusação do ex-ministro sobre o presidente querer interferir na Polícia Federal. Com o atual cenário, a tensão entre os militares aumentou para que eles se posicionem caso o mandatário não dê uma explicativa a altura para a acusação de Moro.


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