Imprensa internacional repercute ações de Bolsonaro
Mídias na Alemanha, França e Chile destacam posts apagados no Twitter; na Argentina, Lá Nación fala sobre 'gabinete do ódio'
Por iG Último Segundo |
As declarações do presidente Jair Bolsonaro sobre a crise causada pelo alastramento da Covid-19, doença do novo coronavírus (Sars-Cov-2), repercutiram na mídia internacional, principalmente na América do Sul. Boa parte das reportagens aponta os tweets apagados no último domingo (29), mas revista americana fala sobre "negacionismo" da doença. Acompanhe;
LEIA MAIS: Sírio-libanês afasta mais de 100 funcionários com Covid-19
CNN (Chile)
A CNN do Chile deu destaque para o fato da rede social Twitter ter apagado duas postagens do presidente por violação dos termos de uso: “Nas publicações, o mandatário do Brasil defendeu a reabertura de comércios e escolas, assegurando que “se continuar assim, com a quantidade de desempregados, teremos um problema muito sério que levará anos para ser resolvido”.
Le Monde (França) e Der Spiegel (Alemanha)
O sites do Le Monde (França) e da revista Der Spiegel (Alemanha) também destacaram os tweets que foram apagados pela plataforma por violação nos termos de uso. Em ambas as publicações, as mídias reportam que o presidente estaria desobedecendo orientações do Ministério da Saúde para que as pessoas fiquem em casa.
Você viu?
The Atlantic (Estados Unidos)
O site da revista The Atlantic publicou uma coluna afirmando que o “movimento negacionista do coronavírus tem um novo líder”. A coluna deu foco para afirmações do presidente, quando Bolsonaro disse que brasileiros pulam no esgoto e precisam ser estudados.
LEIA MAIS: Brasil tem 159 mortes e 4.579 casos de Covid-19
Há destaque ainda,para as críticas de Bolsonaro aos governadores que decidiram fechar todo tipo de comércio não essencial; além do controverso sistema de isolamento vertical que visa proteger apenas pessoas do grupo de risco.
TeleSur (Venezuela)
Na Venezuela, a rede estatal de televisão TeleSur destacou que os partidos de oposição estão se unindo contra o Presidente da República pela gestão ineficaz no combate ao vírus. A mídia também repercutiu o manifesto de Fernando Haddad, Ciro Gomes e Guilherme Boulos sobre a questão, onde afirmam que Bolsonaro é mais que um problema político.
La Nación (Argentina)
O jornal argentino La Nación deu destaque em sua página principal para o que chamou de “Gabinete do Ódio”, afirmando que Bolsonaro estaria radicalizando seu discurso com um grupo de consultores; entre eles, seu filho Carlos, que é vereador pelo Rio de Janeiro.