"O mundo inteiro está errado e o único certo é Bolsonaro?", questionou Doria
Governador de São Paulo voltou a atacar o presidente e apontou contradições na forma como o governo federal conduz o combate à pandemia
Por iG Último Segundo |
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), voltou a atacar duramente o presidente Jair Bolsonaro pela forma como o governo federal vem conduzindo o combate à pandemia do novo coronavírus. "O mundo inteiro está errado e o único certo é Bolsonaro?", questionou Doria sobre as falas do presidente contra o isolamento social.
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Em coletiva de imprensa na tarde desta sexta-feira (27), o governador paulista elevou o tom das críticas que vem fazendo a Bolsonaro . "O Brasil pode parar. Pode parar para lamentar a irresponsabilidade de alguns e chorar a morte de muitos", afirmou Doria.
O governo federal lançou nesta sexta uma campanha para que as pessoas voltem às ruas com o slogan " O Brasil Não Pode Parar" , na qual foram gastos mais de R$ 4 milhões de reais. Para o governador, "esses R$4,8 milhões de investimento nessa campanha para desinformar a população do Brasil deveriam ser utilizados para comprar suprimentos, atendimento aos mais pobres, aos mais desvalidos".
Doria disse ainda que "nesse momento, a hashtag que salva vidas é #FiqueEmCasa ". E completou: "se tiverem dúvidas disso, consultem o prefeito de Milão". No início desta semana o prefeito da cidade italiana admitiu que errou ao adotar campanha “Milão não para”.
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Dois governos
Em sua fala de abertura, Doria chamou a atenção para a contradições do governo federal em seus posicionamentos acerca do combate à pandemia. O governador apontou a recomendação de isolamento social em diretrizes do Ministério da Saúde e no decreto de calamidade pública assinado por Bolsonaro.
"Afinal, temos um governo federal ou dois governos? Um que acerta e outro que prega justamente ao contrário. Qual dos dois governa o Brasil?", indagou o paulista.
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João Doria também repetiu o que tem falado diariamente em suas coletivas de imprensa: "O Brasil precisa de união e não de ódio. Não é hora de fazer política, não é hora de fazer campanha". "Não haveria momento mais inadequado na história do país para fazer conflagração política do que agora", completou.