Dilma defende Evo Morales e é retuitada por Maduro
Evo desejava disputar vaga no Senado boliviano, mas teve sua candidatura barrada. Dilma o defendeu e Maduro compartilhou post da ex-presidente
Por iG Último Segundo |
A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) defendeu nesta sexta-feira (21) em seu Twitter o ex-presidente da Bolivia Evo Morales, por esse ter sido proibido de disputar as eleições em seu país natal. O tuíte da petista rendeu o retuíte do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, considerado por muitos um líder autoritário.
Leia também: Bolívia ainda não decidiu se Evo Morales pode se candidatar às eleições
Evo desejava disputar uma vaga no Senado boliviano nas eleições que ocorrem no próximo três de maio no país latino, mas teve sua candidatura invalidada pela justiça que alegou que o ex-presidente não morava mais no estado de Cochabamba, por onde queria se candidatar, e dessa forma não cumpria o requisito de "residência permanente" necessário para participar das eleições. Dilma classificou a justiça do país como golpista.
“Agora, a justiça dominada pelos golpistas veta a candidatura de Evo ao Senado, alegando que ele não vive mais em Cochabamba. Como poderia, se foi expulso do país por um golpe ? Este veto mostra que a eleição promovida pelos que destruíram a democracia pode tornar-se uma farsa”, escreveu a ex-presidente, em uma leve referência ao seu processo de impeachment.
Você viu?
Evo está atualmente exilado na Argentina. Ele renunciou seu cargo em novembro de 2019 por pressão popular e das Forças Armadas bolivianas, depois de ter vencido as eleições em outubro, que foram considerada fraudadas. Se ele tivesse assumido, esse seria seu quarto mandato consecutivo, algo que também é questionado pelas leis do país. Na Bolívia, Evo sendo processado por "rebelião e terrorismo" por suposta participação em protestos após ter renunciado.
Leia também: Evo Morales diz que, legalmente, continua sendo presidente da Bolívia
“Derrubado por um golpe de estado, e perseguido pelos golpistas, que tentavam prendê-lo, Evo foi obrigado a pedir asilo”, defendeu Dilma . Tanto a ex-presidente quanto outros são considerados políticos de esquerda.
Agora, a justiça dominada pelos golpistas veta a candidatura de Evo ao Senado, alegando que ele não vive mais em Cochabamba. Como poderia, se foi expulso do país por um golpe? Este veto mostra que a eleição promovida pelos que destruíram a democracia pode tornar-se uma farsa.
— Dilma Rousseff (@dilmabr) February 21, 2020