Padrinho de casamento de Flávio Bolsonaro ganha cargo no governo

Marcelo Reis Magalhães foi nomeado para comandar o escritório de Governança do Legado Olímpico (EGLO).

Marcelo Reis Magalhães, que foi padrinho de casamento do filho do presidente, foi nomeado para chefiar a Governança do Legado Olímpico (EGLO).
Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
Marcelo Reis Magalhães, que foi padrinho de casamento do filho do presidente, foi nomeado para chefiar a Governança do Legado Olímpico (EGLO).

Marcelo Reis Magalhães, padrinho de casamento de Flávio Bolsonaro (sem partido), foi nomeado para comandar o escritório de Governança do Legado Olímpico (EGLO), conforme apurou o colunista do UOL Demétrio Vecchioli. A nomeação foi feita no último dia 31 de janeiro e publicada no Diário Oficial da União (DOU) nesta segunda-feira (3).

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Assinada pelo ministro da Cidadania Osmar Terra (MDB), a nomeação é uma vitória do senador Flávio Bolsonaro sobre os militares que comandam o esporte no governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Magalhães terá autonomia pra indicações de cargos e não precisará prestar contas ao general Décio Brasil, que comanda o esporte.

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A trajetória profissional de Magalhães mostra que ele foi empresário das gêmeas Bia e Branca Feres, do nado sincronizado. Além disso, ele é jornalista, mas nunca trabalhou na área. Marcelo também realizou promoções em rádios do Rio de Janeiro e trabalho com a imagem de Flávio Canto, Anderson Silva, Isaquias Queiroz e Fabiana Beltrame.

EGLO

Sucessora da AGLO, a Governança do Legado Olímpico (EGLO) foi recém-criada para tomar conta do legado olímpico. Porém, a EGLO possui um detalhe essencial nesta disputa entre militares e o filho do presidente. Seu comandante responderá ao ministro da Cidadania e não ao secretário de Esporte.

O grupo de militares que comanda o Esporte tem um plano para administrar e cuidar do legado. Entretanto, com Magalhães no cargo, o trabalho se torna mais difícil.

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Até o Ministério Público Federal (MPF) já entrou no assunto. O órgão chegou à interditar todas as estruturas feitas para a Olimpíada no Rio de Janeiro, com base na falta de apresso pelo legado que a competição deixou. Na última semana, a Justiça derrubou a liminar que interditava as instalações.