Fala de Witzel sobre "tiro na cabecinha" é "manifestação de pensamento", diz PGR

O procurador-geral da República, Augusto Aras, enviou manifestação ao STF pelo não conhecimento de ação ajuizada pelo PSOL do Rio de Janeiro

Aras pediu não conhecimento de ação ajuizada pelo PSOL
Foto: Rousinei Coutinho/SCO/STF
Aras pediu não conhecimento de ação ajuizada pelo PSOL

O procurador-geral da República, Augusto Aras , enviou manifestação ao Supremo Tribunal Federal (STF) na última sexta-feira (31) pedindo o não conhecimento de uma ação enviada pelo PSOL contra o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel. Na ação, o partido pede que o Rio de Janeiro "se abstenha de adotar a política pública de segurança que estimule o abatimento e/ou neutralização de pessoas".

A legenda abriu a ação se referindo ao episódio no qual Witzel disse que os policiais deveriam "mirar na cabecinha" de criminosos. "O correto é matar o bandido que está de fuzil. A polícia vai fazer o correto: vai mirar na cabecinha e… fogo! Para não ter erro", disse o governador em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo .

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A decisão de Aras, no entanto, é que há na ação "insurgência generalizada" sobre pronunciamentos e comportamentos de Witzel. Para ele, não é possível que haja "cerceamento prévio e genérico da palavra do governador".

Segundo o PSOL, a linguagem do chefe do executivo no Rio "exterioriza uma política pública de segurança baseada no extermínio, abate, neutralização de ‘bandidos portando fuzis".