Em entrevista, Damares esclarece e nega suposto sequestro da filha Lulu
Ministra falou sobre assuntos polêmicos da sua vida pessoal, declaração e até mesmo sobre história de que teria sequestrado a própria filha de aldeia indígena
Por iG Último Segundo |
A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, falou sobre assuntos dos primeiros meses dela à frente da pasta no governo de Jair Bolsonaro. Em entrevista à repórter Rachel Sheherazade, a representante da pasta respondeu a perguntas sobre declarações dela como figura pública que deram o que falar e até mesmo sobre polêmicas da vida pessoal que viraram notícia.
Damares afirmou que não se arrepende da comemoração que causou polêmica nas redes sociais ao falar que menino veste azul e menina veste rosa. "O que é que eu queria dizer com aquilo? A criança pertence à família, a criança não pertence ao Estado. A família tem o direito e a liberdade, se quiser vestir rosa, se quiser vestir azul (...) O que a gente estava querendo dizer é o seguinte: chega de patrulhamento, chega de ideologia, chega de confusão, vamos todo mundo ser feliz”, disse.
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Questionada sobre os boatos de que teria sequestrado a filha Lulu de uma aldeia indígena, ela explicou que a criança nasceu de uma mãe solteira de doze anos de idade. “Na comunidade dela, filhos de mãe solteira têm que ser sacrificados”, explicou. Segundo Damares, a menina foi abandonada na floresta e encontrada por caçadores que as levaram para a chácara missionária na qual ela trabalhava.
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“Eu fui proibida por muitos anos de falar porque eles acham que eu faço interferência cultural, só que eu tenho entendimento que a cultura não pode ser maior do que a vida”, explicou. “Eu nunca sequestrei uma criança indígena ainda”, brincou, frisando que se esse for o único recurso para salvar a vida de uma criança ela fará isso.
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A ministra falou, ainda, sobre o aumento da violência contra mulher e sobre formas de restaurar o agressor. “Nessa luta de proteção da mulher no Brasil nós vamos ter que esquecer todas as nossas diferenças ideológicas, partidárias religiosas, nós vamos ter que nos unir. Ou a gente faz isso, ou a gente faz isso”, disse.
Uma das opções apontadas pela ministra como solução para restaurar o agressor são grupos reflexivos oferecidos por tribunais para esses agressores ou retirada dos homens de casa para que ele seja recuperado.