Judeu, Alcolumbre repudia discurso nazista de Alvim: "Descabido e infeliz"
Presidente do Senado pediu o afastamento imediato do secretário de Cultura do governo Bolsonaro
Por iG Último Segundo |
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), criticou nesta sexta-feira (17) o pronunciamento do secretário especial de Cultura , Roberto Alvim, que citou trechos de um discurso de Joseph Goebbels, ministro da propaganda do regime nazista na Alemanha.
"No interior do Amapá, em Ariri, participando da retomada do programa 'Luz para Todos', somente agora tive o desprazer de tomar conhecimento do acintoso, descabido e infeliz pronunciamento de assombrosa inspiração nazista do secretário de Cultura Roberto Alvim, do governo federal", afirmou Alcolumbre em sua conta do Twitter.
Leia também: Maia pede afastamento de secretário de Bolsonaro após citação nazista
"Como primeiro presidente judeu do Congresso Nacional, manifesto veementemente meu total repúdio a essa atitude e peço seu afastamento imediato do cargo", completou. O presidente do Senado afirmou ainda que é "inadmissível" termos representantes com esse tipo de pensamento e afirmou que Alvim aproveitou o cargo que ocupa para disseminar ideias nazistas.
Como primeiro presidente judeu do Congresso Nacional, manifesto veementemente meu total repúdio a essa atitude e peço seu afastamento imediato do cargo. https://t.co/6Nd4iBslw7
— Davi Alcolumbre (@davialcolumbre) January 17, 2020
Você viu?
É inadmissível termos representantes com esse tipo de pensamento.E,pior ainda:que se valha do cargo que ocupa para explicitar simpatia pela ideologia nazista e,absurdo dos absurdos, repita ideias do ministro da Informação de Adolf Hitler, que infligiu o maior flagelo à humanidade
— Davi Alcolumbre (@davialcolumbre) January 17, 2020
Além do trecho copiado do discurso de Goebbels, outra referência ao regime de Adolf Hitler é a trilha sonora do pronunciamento: a ópera "Lohengrin", de Richard Wagner. O compositor alemão era celebrado pelo líder nazista e teve grande influência em sua formação ideológica.
Após a repercussão do vídeo, o Planalto afirmou que não vai comentar.