Por questões de segurança, Bolsonaro reavalia ida a Davos

Presidente brasileiro passou a ter dúvidas se comparecerá ao evento após o ataque das forças armadas dos EUA no Iraque que matou general

Viagem de Bolsonaro a Davos já estava praticamente confirmada
Foto: Isac Nóbrega/PR
Viagem de Bolsonaro a Davos já estava praticamente confirmada

O presidente Jair Bolsonaro reavalia sua ida ao Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, evento que ocorrerá entre os dias 21 e 24 deste mês. A viagem, que estava praticamente confirmada, passou a ser dúvida em meio ao aumento da tensão no Oriente Médio depois do ataque das forças armadas dos Estados Unidos , no Iraque , que resultou na morte de um dos militares de alta patente mais importantes do Irã , o general Qassem Soleimani.

"O mundo tem seus problemas, questão de segurança. Pode ser, de acordo com o que acontecer [no Oriente Médio] até lá, a gente acompanha, geralmente via GSI [Gabinete de Segurança Institucional], via Abin [Agência Brasileira de Inteligência] e até via Polícia Federal, e outras fontes, o que acontece no mundo", afirmou a jornalistas após uma reunião no Ministério das Minas e Energia, em Brasília.

Já a viagem para a Índia, no mesmo período, está mantida, garantiu Bolsonaro. O presidente brasileiro é convidado especial para as comemorações do Dia da República da Índia, celebrado em 26 de janeiro.

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Até o momento, o planejamento da viagem prevê saída de Brasília no dia 20 e participação no Fórum Econômico Mundial no dia 22. O presidente participou do evento no ano passado, em sua primeira viagem internacional após assumir o cargo.

Ainda segundo a programação informada pelo porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, Bolsonaro seguiria diretamente da Suíça para a Índia, onde permanece de 24 a 28 deste mês.

A agenda internacional do presidente prevê também uma viagem, em março, para os Estados Unidos. Bolsonaro irá para Miami, na Flórida, e depois para Dallas, no Texas. Ele deve se reunir com empresários brasileiros que vivem no país e também com políticos conservadores norte-americanos, mas os detalhes da viagem, segundo o porta-voz, ainda estão sendo planejados pelo Ministério das Relações Exteriores.

Descanso

Nesta quinta-feira (9), o presidente viaja para o Guarujá (SP) e deve retornar à Brasília na terça-feira (14). A filha caçula do presidente, Laura, deve acompanhá-lo. Segundo o porta-voz da Presidência da República, Bolsonaro pretende "completar seu período de descanso". Na semana passada, antes do Réveillon, ele antecipou o retorno a Brasília após ficar quatro dias na Bahia, onde pretendia passar o feriado de ano-novo descansando na base naval de Aratu, no subúrbio de Salvacdor.