Ministro do STF arquiva pedido de investigação de Bolsonaro no caso Marielle

Na decisão, Alexandre de Moraes considerou que não havia motivo para investigação do presidente por obstrução no assassinato da vereadora
Foto: Carlos Moura/ SCO/ STF
Para Moraes, no entendimento da PGR não há motivo para investigação

O ministro Alexandre de Moraes , do Supremo Tribunal Federal ( STF ), pediu para arquivar nesta terça-feira (17) os pedidos para que o presidente Jair Bolsonaro e o vereador Carlos Bolsonaro respondam por obstrução de Justiça no âmbito da investigação do assassinato da vereadora carioca Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

Moraes considerou que a Procuradoria-Geral da República (PGR), órgão responsável por decidir sobre andamento de processos, entendeu que não há elementos a serem apurados.

Os pedidos arquivados são do PT e da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) para que o presidente e o filho 02 fossem investigados pelo acesso a dados da portaria do condomínio Vivendas da Barra, onde ambos têm casa, no Rio de Janeiro.

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Em depoimento prestado à Polícia Civil, um dos porteiros do condimínio disse que, no dia da morte de Marielle, o ex-PM e um dos acusados do crime Élcio Queiroz entrou no condomínio dizendo que iria à casa 58, do então deputado federal Jair Bolsonaro.

Em uma primeira versão da história, ele disse que ligou para a casa 58 duas vezes e que a autorização para a entrada de Queiroz no condomínio veio de alguém cuja voz, segundo ele, era a do "seu Jair".

Ao entrar, no entanto, o porteiro disse que Queiroz não foi para a casa 58, se dirigindo para a residência de Ronie Lessa.

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