Carlos Bolsonaro e Jair Bolsonaro
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Carlos Bolsonaro e Jair Bolsonaro chamaram o patrono da educação nacional de 'energúmeno'.

O vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) chamou o educador e filósofo Paulo Freire de "energúmeno adorador de Marx" em sua conta oficial do Twitter nesta terça-feira (17). O filho do presidente celebrou que mais da metade dos parlamentares da Câmara dos Deputados não se mostrou a favor da moção de aplauso ao pedagogo, considerado patrono da educação brasileira. 

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"No Rio de Janeiro não seria diferente! Para mudar este país, contra os fatos do fracasso educacional do legado deixado por este energúmeno adorador de Marx precisaremos de décadas", comentou a partir de um tuíte do deputado Luiz Bragança (PSL-SP) sobre o evento na Câmara. 

O presidente Jair Bolsonaro também havia chamado Paulo Freire de "energúmeno". O presidente, que atualmente está com o projeto de alavancar a sigla política Aliança Pelo Brasil, afirmou que "tem muito formado aqui em cima dessa filosofia de Paulo Freire da vida", considerado como "ídolo da esquerda". Bolsonaro proferiu as críticas ao educador e também contra a TV Escola, que veiculou uma programação considerada como "totalmente de esquerda" por conter "ideologia de gênero". 

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No dicionário Houaiss, a definição da palavra significa "ignorante, boçal, imbecil". Um dia após as críticas feitas pelo presidente ao pedagogo, a Câmara dos Deputados aprovou um requerimento para realizar uma sessão especial em homenagem a Freire, que faleceu em 1997. 

Em resposta aos comentários feitos por Bolsonaro , a viúva de Paulo Freire, educadora Ana Maria Freire , de 86 anos, chamou o presidente de "homem nefasto, sem pudor e sem caráter". 

Ana Maria Araújo Freire
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Ana Maria Araújo Freire, de 86 anos, disse que o marido veio à Terra "para pacificar o mundo"

“A palavra não se adequa a Paulo. Paulo não é isso. Paulo não é nenhum demônio que veio à Terra. Pelo contrário, Paulo veio à Terra para pacificar o mundo”, disse Ana Maria, em entrevista à coluna de Guilherme Amado, da Época.

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