Joice Hasselmann (PSL-SP)
Geraldo Magela/Agência Senado
Joice Hasselmann na CPI da Fake News.

Em seu depoimento na  CPI das Fake News , comissão parlamentar mista de inquérito que investiga notícias falsas nas redes sociais e assédio virtual, a deputada federal Joice Hasselman (PSL-SP) afirmou , nesta quarta (4), que o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e  o " gabinete do ódio " são os responsáveis por liderar os ataques virtuais a inimigos da família Bolsonaro. Ela também disse que há dinheiro público envolvido no disparo.

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No último dia 19, ela havia prometido que iria apresentar um "tsunami de gravíssimas informações" quando fosse depor. Ela explicou que o metódo utilizado nos ataques começa com a escolha de um alvo e é combinado o momento do ataque, que começa com publicações de pessoas de verdade, seguido por disparos de mensagens por robôs. 

"Em questão de minutos, temos uma informação espalhada para o mundo inteiro. A sensação que é passada é para que muitos fiquem aterrorizados com o levante da internet", afirma. Joice explica que é utilizado dinheiro público para realizar os disparos, estimando que já foram gastos R$ 500 mil.

"Eduardo está amplamente envolvido e é um dos líderes desse grupo que chamamos de milícia virtual", disse, destacando também que as redes sociais do filho do presidente são uma das mais influentes nos ataques.

Segundo a deputada, os assessores de Eduardo também são responsáveis pelos ataques. Cita como exemplo o perfil "Bolsofeios", que seria do assessor Carlos Eduardo Guimarães.

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Joice também afirma que consultou peritos que afirmam que há 1,4 milhão de seguidores robôs na conta do Twitter de Jair Bolsonaro e 468.775 na de Eduardo. "São quase 2 milhões de robôs seguidores, quero crer que o presidente não sabe disso", disse. Joice usou uma apresentação de Power Point para divulgar a informação.

Power Point de Joice Hasselmann
Reprodução
Um dos Power Point de Joice



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Deputados bolsonaristas temem que a fala de Joice possa comprometer o presidente Jair Bolsonaro. A deputada era aliada do presidente, mas a crise no PSL e a destituição dela do cargo de líder do governo na Câmara a levaram a assumir uma posição mais crítica e contrária a Bolsonaro. 

Joice é a terceira ex-aliada de Bolsonaro a ser ouvida pela Comissão. O deputado Alexandre Frota (PSDB-SP) e o general Carlos Alberto dos Santos Cruz, ex-ministro da Secretaria de Governo da Presidência, já depuseram. Ambos criticaram a influência do círculo pessoal do presidente e questionaram as estratégias de comunicação do grupo. 

O senador Angelo Coronel (PSD-BA), presidente da CPI das Fake News, afirma ter grandes expectativas para a fala de Joice. “Pelo que dizem, ela vai trazer muito conteúdo que visa comprometer o governo. Mas não nos cabe fazer nenhum pré-julgamento. Cabe a ela trazer informações que sejam recheadas de verdade para a CPI não se tornar apenas um palanque político de pessoas querendo se promover", ressalva.

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Assista à fala de Joice na CPI da Fake News:



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