Caso Marielle: Bolsonaro nega relação com suspeito e acusa Witzel de vazar dados
Em transmissão ao vivo direto da Arábia Saudita, presidente ressaltou que estava em Brasília no dia da morte da vereadora do PSOL: "tenho registro"
Por Agência O Globo |
30/10/2019 06:42:14Em transmissão ao vivo em sua página no Facebook na noite desta terça-feira, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que não autorizou a entrada de Élcio Queiroz, suspeito de matar a vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), em seu condomínio na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, no dia 14 de março de 2018. Ele também acusou o governador Wilson Witzel (PSC-RJ) de vazar detalhes sobre a investigação. As informações às quais o presidente se referiu foram veiculadas pelo "Jornal Nacional", da TV Globo.
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"Eu tenho registrado no painel eletrônico da Câmara em Brasília 31 minutos depois da entrada desse elemento no condomínio. E também tenho às 19h36. E no dia anterior e posterior", afirmou Bolsonaro .
Bolsonaro também acusou o governador Wilson Witzel (PSC-RJ) de vazar informações sobre o processo para o "JN".
"Esse processo está em segredo de justiça. Como chega na Globo? Quem vazou para a Globo? Segundo a Veja, quem vazou foi o seu governador Witzel. Ele que explique. O que cheira isso aqui?O que parece? Que ou o porteiro mentiu ou induziram o porteiro a produzir falso testemunho. Ou escreveram algo que ele não leu", disse Bolsonaro.
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Bolsonaro também afirmou que Witzel só foi eleito porque "colou" no senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) durante as eleições do ano passado. Depois disso, de acordo com o presidente, o governador teria se afastado de Flávio porque pretende ser candidato à Presidência em 2022 — embora considere o desejo legítimo, Bolsonaro disse que vê "sede de poder" em Witzel. Para o presidente, a finalidade de Witzel seria "acabar com a família Bolsonaro".