Oposição formaliza pedido de convocação de Carlos Bolsonaro na CPI das Fake News

Requerimento para que o filho do presidente Jair Bolsonaro seja convocado foi formalizado pelo líder da oposição no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede)

Oposição formaliza pedido de convocação de Carlos Bolsonaro na CPI das Fake News
Foto: Renan Olaz/CMRJ
Oposição formaliza pedido de convocação de Carlos Bolsonaro na CPI das Fake News

A oposição quer levar o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) para depor à CPI das Fake News . Prevista nos bastidores desde que o colegiado foi instalado em setembro, a intenção de convocar o segundo filho do presidente Jair Bolsonaro,  conhecido por cuidar das redes sociais do pai, foi, agora, formalizada pelo líder da oposição no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

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Para que Carlos Bolsonaro seja convocado, o requerimento de Randolfe precisa ser aprovado pelos colegas. Amanhã, há sessão da comissão, mas o item não está na pauta. A oposição, no entanto, pode pedir para que o pedido seja incluído. Diferentemente de convites, a convocação torna a presença obrigatória.

"O vereador da cidade do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro, filho do Presidente Jair Bolsonaro, foi o responsável pela estratégia e operacionalização da campanha de seu pai nas redes sociais em 2018. O próprio Presidente da República admitiu que Carlos 'se destacou à frente das mídias sociais' durante sua campanha. Carlos Bolsonaro se licenciou de seu mandato de vereador para trabalhar em tempo integral para a campanha do pai", argumenta Randolfe no requerimento.

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O senador acrescenta que "é inegável que o fenômeno das fake news teve grande influência e foi amplamente utilizado na campanha eleitoral de 2018 e no atual governo. É preciso, agora, descobrir os responsáveis pela disseminação dessas notícias falsas, e entender o modus operandi".

Ainda para embasar o pedido, Randolfe cita entrevista da ex-líder do governo Bolsonaro no Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP), ao programa "Roda Viva", da TV Cultura . Ela disse que Carlos e seus irmão Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) são  líderes de uma rede especializada de difamação e notícias falsas usando aplicativos de mensagens. Ainda segundo a deputada, os filhos do presidente mantêm funcionários que criam perfis falsos nas redes sociais.

Entre outros pontos, a comissão foi criada para investigar o impulsionamento de mentiras na campanha eleitoral de 2018. Aliados de Bolsonaro têm chamado o colegiado de "tribunal de exceção" contra o presidente. Para eles, a oposição faz um "terceiro turno" contra Bolsonaro.