Joice Hasselmann (PSL-SP) vai depor na CPI das Fake News
Valter Campanato/ABr
Joice Hasselmann (PSL-SP) vai depor na CPI das Fake News


Na sua estreia na CPI das Fake News , o líder do PSL na Câmara, Eduardo Bolsonaro (SP) assistiu a mais uma derrota do governo Jair Bolsonaro no colegiado. A oposição conseguiu aprovar 66 requerimentos, entre eles os pedidos de convocação dos deputados Delegado Waldir (PSL-GO) e Joice Hasselmann (PSL-SP).

Depois do racha no PSL, a dupla começou a atirar contra o grupo de Jair Bolsonaro. Em entrevista, Waldir prometeu "implodir" o governo. Já Joice disse que os filhos do presidente — Eduardo, o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) e o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) — têm assessores que usam perfis falsos na internet.

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Eduardo e Flávio acompanham a sessão da CPI nesta quarta-feira. É a primeira vez do deputado na comissão, que tem sido chamada de "terceiro turno das eleições" e de "tribunal de exceção" contra Bolsonaro pelos aliados do presidente da República.

Os aliados do presidente Bolsonaro na CPI tentaram votar 96 requerimentos em bloco. Com isso, além de apreciar seus pedidos, a oposição seria obrigada a votar, no mesmo pacote, itens pedidos por parlamentares do governo, como a convocação da ex-presidente Dilma Rousseff e outras pessoas ligadas ao PT.

— Querem usar a convocação do Carlos como moeda de troca. Mas convocá-lo ou não, é indiferente apara mim. Se ele vier, vai falar muitas verdades. O que se tenta aqui é minar a ascensão da direita - disse Eduardo.

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O requerimento para ouvir Carlos foi apresentado ontem pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Ele, no entanto, não está na pauta desta reunião. Deve ser votado nas próximas semanas.

O PT conseguiu evitar a votação em bloco. E, depois de votar seus requerimentos, a reunião da CPI das Fake News segue para analisar os itens protocolados por parlamentares do governo.

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