Bivar minimiza possibilidade de afastar Flávio e Eduardo do comando do PSL

Em rápida passagem na Câmara, presidente do PSL diz que intervenção nos estados pode estar 'nos sentimentos' do Delegado Waldir, não do partido

Presidente do PSL, Luciano Bivar
Foto: REPRODUÇÃO/AGÊNCIA BRASIL
Presidente do PSL, Luciano Bivar

O presidente do PSL, deputado Luciano Bivar (PE), minimizou nesta terça-feira a possibilidade de o partido o intervir nos diretórios de Rio, São Paulo e Minas Gerais para alterar os comandos estaduais. A troca foi sugerida pelo deputado Delegado Waldir (GO), ex-líder da sigla na Câmara, com o objetivo de atingir o senador Flávio Bolsonaro (RJ), o deputado Eduardo Bolsonaro (SP) e o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, que já está licenciado da presidência da legenda em Minas.

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Em uma rápida entrevista na Câmara – Bivar foi ao plenário registrar presença e, em seguida, voltou ao carro que o levaria para a reunião do PSL –, o presidente do partido primeiro questionou quem havia levantado a hipótese de intervenção. Ao ser informado sobre o posicionamento do ex-líder, na manhã desta quinta, Bivar foi comedido: "Pode estar nos seus sentimentos pessoais (do Delegado Waldir). Mas não no sentimento do partido."

Bivar também tentou diminuir a crise do PSL, que já entrou na terceira semana. Ao ser perguntado sobre os conflitos, que opõem o grupo ligado a Bivar aos parlamentares mais próximos do presidente Jair Bolsonaro, o presidente do PSL procurou passar a imagem de que não há problemas.

"Está tudo em paz, entendeu? Acho que a gente tem de pensar no Brasil. Todos nós temos de ser patriotas. Todos temos de ser patriotas. Temos que ser patriotas e pensar no país em primeiro lugar. Somos uns liberais de direita. E a gente quer o melhor do país."

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A disputa no PSL , no entanto, já provocou a troca de líder na Câmara – Eduardo Bolsonaro substituiu Delegado Waldir após uma “guerra de listas” –, além de xingamentos direcionados a Bolsonaro, que foi chamado de “vagabundo” pelo ex-líder em uma reunião e acusações de entrega de cargos em troca de apoios.