Em meio à crise com o PSL, o presidente Jair Bolsonaro chega nesta segunda-feira a Tóquio para a primeira etapa de uma viagem a cinco países do leste asiático e do Oriente Médio, que se estenderá até próxima semana. O principal compromisso no país será a cerimônia de entronização do novo imperador do Japão, Nahurito, que ocorrerá amanhã. Bolsonaro ainda se reunirá com o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe.
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Depois o presidente irá, respectivamente, para China, Emirados Árabes Unidos, Qatar e Arábia Saudita. Em todos os países, Bolsonaro fará reuniões com chefes de Estado e com empresários. Um dos principais compromissos da agenda econômica será o fórum de investimento da Arábia Saudita conhecido “Davos no deserto”.
Na sexta-feira, questionado se havia preocupação em fazer uma viagem de longa duração em meio ao imbróglio com seu partido, Bolsonaro retrucou perguntando se deveria cancelar a viagem.
O giro internacional servirá para aparar arestas da política externa. No ano passado, por exemplo, Bolsonaro chegou a afirmar que a China queria “comprar o Brasil ”. Depois de tomar posse, no entanto, adotou um discurso mais conciliador. Já no Oriente Médio, houve insatisfação com a intenção de transferir a embaixada em Israel de Tel Aviv para Jerusalém. O presidente, contudo, recuou e a intenção no momento é abrir só um escritório de negócios.
Seis ministros fazem parte da comitiva: Ernesto Araújo (Relações Exteriores), Onyx Lorenzoni (Casa Civil), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Tereza Cristina (Agricultura), Bento Albuquerque (Minas e Energia) e Osmar Terra (Cidadania).
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Também acompanham Bolsonaro cinco parlamentares — sendo quatro deputados e um senador — e o governador do Acre, Gladson Cameli (Progressistas), entre outras autoridades.