O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira que não quer "tomar" o PSL e disse que apenas defende transparência nas contas do partido. Bolsonaro disputa o comando da legenda com o atual presidente, o deputado federal Luciano Bivar (PE), e estudar deixar o PSL.
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"Eu não tenho falado nada do PSL, zero, zero. O tempo todo fofoca, que eu estou elegendo traidores para lá, traidores para cá. O partido está com a oportunidade de se unir na transparência", afirmou Bolsonaro , na saída do Palácio da Alvorada, acrescentando depois: "O partido tem que fazer a coisa que tem que ser feita, normal, não tem que esconder nada. Eu não quero tomar o partido de ninguém. Agora, transparência faz parte, o dinheiro é público".
Questionado se tem mágoa de Bivar, o presidente respondeu que não tem "mágoa com ninguém".
Ele evitou dizer se defende a saída de Bivar do comando do PSL . Na terça-feira, o deputado foi alvo de uma operação da Polícia Federal (PF), que investiga o possível uso de candidaturas laranjas nas eleições do ano passado: "Não defendo nada, não quero saber de nada. Só quero transparência".
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O presidente disse ainda que pretende ficar "calado" sobre a crise no partido. "Eu não tenho falado sobre esse assunto, não justifica (dizer que) estou tumultuando a relação com o partido, (que) estou dividindo. Não justifica. Estou calado e vou continuar calado sobre esse assunto", afirmou Bolsonaro .