Quebra de sigilo de Ricardo Salles é adiada após pedido de vista

Ministro foi alvo de pedido de Ministério Público para investigar um suposto enriquecimento ilícito em sua passagem pelo governo de São Paulo

Prestações de contas de Salles mostra que ele teve evolução patrimonial de 604%
Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil - 24.8.19
Prestações de contas de Salles mostra que ele teve evolução patrimonial de 604%

O julgamento quebra de sigilo do ministro do Meio Ambiente , Ricardo Salles , foi suspensa nesta segunda-feira (14) após um pedido de vista do desembargador Torres de Carvalho. O caso é analisado pela  10ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo e envolve um suposto enriquecimento ilícito do ministro durante sua passagem pelo governo do estado de São Paulo.

A análise do caso se deve a um pedido do Ministério Público , que solicitou revisão de decisão de primeiro grau, que havia negado a quebra de sigilo bancário e fiscal de Ricardo Salles.

Antes do pedido de vista, o desembargador Aguilar Cortez deu parcial provimento ao recurso da Promotoria, mas ainda falta também o voto da desembargadora Teresa Ramos Marques. O caso só deve voltar a ser julgado no dia 25 de novembro.

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A suspeita do Ministério Público está embasada na declaração de patrimônio feita por Salles à Justiça Eleitoral. Em 2012, ele afirmou ter patrimônio de R$ 1,4 milhão. Na eleição de 2018, o valor foi de R$ 8,8 milhões — um aumento de 604%, segundo o MP.

Ricardo Salles nega irregularidades em seu acréscimo patrimonial. Ao jornal  O Estado de S. Paulo , ele classificou as acusações de “absurdas”.