Alçado a porta-voz informal das decisões do PSL, o deputado federal Júnior Bozzella (PSL-SP) afirmou nesta segunda-feira que o partido deve expulsar Carla Zambelli (PSL-SP), Bibo Nunes (PSL-RS), Alê Silva (PSL-MG) e o deputado estadual Douglas Garcia (PSL-SP). O comando da sigla deve se reunir nesta terça-feira para tomar a decisão.
Leia também: PSL discute saída do clã Bolsonaro e expulsão de deputados do partido
Bozzella declarou que a expulsão dos quatro nomes não é problema, uma vez que outros governadores, deputados e senadores já manifestaram interesse em se filiar ao PSL. Ele não quis detalhar quem são, mas afirmou que o caso mais público é do governador carioca Wilson Witzel (PSC). Questionado sobre se o desgaste entre Witzel e Jair Bolsonaro não seria um entrave para essa filiação, ele sinalizou que a saída do presidente é dada como certa.
"A gente não está mais contabilizando o presidente (Bolsonaro) nessa história. A gente pode ainda defender o Bolsonaro onde ele estiver, seja no Patriota ou que partido for", declarou ele. "Quem está tocando o partido agora somos nós. O Bivar bateu o martelo e deixou o PSL com o pessoal de confiança, eu, o (vice-presidente do partido, Antônio) Rueda, o (deputado federal Felipe) Francischini".
Os deputados mencionados por Bozzella disseram desconhecer a expulsão, dada como certa nos bastidores da alta cúpula. "Oficialmente, até o presente momento, eu não recebi nenhuma informação da executiva do partido", afirmou Douglas Garcia.
Leia também: Eduardo Bolsonaro diz que comunismo matou mais do que nazismo
Carla Zambelli disse que vai "aguardar para ver os fatos" e que, se a expulsão ocorrer, "estarão no direito deles". Já Bibo Nunes foi mais firme na resposta. "Se me expulsarem será uma honra", afirmou.