Presidente do PSL já escreveu sobre Cuba e defendeu legalização do aborto

Ex-cartola ligado ao Sport Recife, Luciano Bivar achou no hoje presidente Jair Bolsonaro uma forma de alavancar seu pequeno partido criado em 1998

Luciano Bivar quando foi eleito para seu último mandato no Sport
Foto: Divulgação/Sport Club do Recife
Luciano Bivar quando foi eleito para seu último mandato no Sport

Um postulante à Presidência da República que se vende como “anticandidato”. Defende a pena de morte, um imposto único sobre movimentações financeiras e uma autoestrada no estilo europeu ligando o Brasil de Norte a Sul.

Apesar do patrimônio de R$ 8,8 milhões, arrecadou só R$ 214 mil em doações e terminou em último lugar, com 62 mil votos. Essa foi a campanha presidencial de Luciano Bivar , dirigente do PSL, em 2006.

Doze anos mais tarde, ele encontrou em Jair Bolsonaro , fenômeno da direita nas redes sociais, uma chance para alavancar o partido que fundou em 1998. Fechou um acordo para que o então homem de confiança de Bolsonaro, Gustavo Bebianno, controlasse as contas da sigla por um ano. Depois, Bivar retomaria o PSL e desfrutaria das benesses do bolsonarismo. O resultado superou qualquer expectativa: a bancada eleita de 53 deputados proporcionou um fundo partidário de R$ 8 milhões por mês.

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Transformado num partido rico, o PSL ficou pequeno para Bivar e Bolsonaro. Disposto a assumir o controle dos recursos da legenda, o presidente da República tentou reduzir os poderes de Bivar com o auxílio de dois advogados próximos a ele. A expectativa era que o dirigente deixasse o comando do partido. Não tiveram sucesso.

De volta após um tratamento de saúde, Bivar deflagrou na última quinta-feira punições contra os deputados que declararam solidariedade a Bolsonaro .