Empresa ligada a Collor é investigada por transferência milionária, aponta PGR

Ao pedir buscas e apreensões contra o senador, órgão mirou indícios de lavagem de R$ 6 milhões em compras feitas leilões públicos

Assessor de Fernando Collor teria se beneficiado de contratos com empreiteiras
Foto: Agência Senado
Assessor de Fernando Collor teria se beneficiado de contratos com empreiteiras

Um suposto assessor laranja do senador Fernando Collor , que foi alvo de mandados de buscas e apreensão na Operação Arremate , fez transferências milionárias para que ele fizesse aquisições de imóveis em Alagoas , aponta a Procuradoria-Geral da República (PGR). Alagoas é o estado de origem do parlamentar e, de acordo com o jornal O Estado de São Paulo , a PGR ainda cita o papel de "contratos vultosos" articulados por empreiteiras no estado.

Em mandados de busca e apreensão cumpridos na última sexta-feira (11), a Operação Arremate mirou indícios de lavagem de R$ 6 milhões em compras feitas leilões públicos.

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Autorizados pelo ministro do Supremo Tirbunal Federal (STF) Luiz Edson Fachin no dia 26 do mês passado, os pedidos foram feitos pela então procuradora-geral Raquel Dodge.

Segundo O Estado de São Paulo , o pivô da investigação é Tarso de Lima Sarmento, assessor júnior de Collor, que tem um salário de R$ 4,6 mil e fez a compra dos imóveis. Em depoimento, ele mesmo chegou a dizer que parte do dinheiro usado na aquisição foi transferida pela empresa CCB Engenharia. O valor transferido teria sido de pouco mais de R$ 2 milhões.

A PGR ainda aponta ligação entre o assessor e a empreiteira, que tem como sócios os pais e um irmão da mulher de Tarso.