Livro de Janot pode ser prova de que Lula foi perseguido

Segundo advogados de Lula, livro de Janot mostraria que procuradores da Lava Jato teriam assumido competências do Supremo Tribunal e da PGR

 “Usurparam a competência do Supremo Tribunal Federal e as atribuições do Procurador-Geral da República”, afirmam advogados
Foto: Ricardo Stuckert
“Usurparam a competência do Supremo Tribunal Federal e as atribuições do Procurador-Geral da República”, afirmam advogados

Os advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) analisam a possibilidade de usar como prova o livro do ex-procurador geral da República Rodrigo Janot . Em um dos trechos de "Nada Menos que Tudo", haveria indícios de que petista foi perseguido pela força-tarefa da Operação Lava Jato .

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Segundo relato, Deltan Dellagnol e outros quatro procuradores da Lava Jato teriam pressionado Janot, em setembro de 2016, a denunciar Lula por organização criminosa. Janot teria negado, por considerar a suspeita fraca.

"Você está querendo interferir no nosso trabalho!", contestaria Dellagnol , que na sequência teria acusado Lula de lavagem de dinheiro sem consultar Janot ou sua equipe.

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 O evento é narrado por Janot no capítulo "O objeto de desejo chamado Lula".

Cristiano Martins e Valeska Marins, advogados de Lula , estudam usar o livro para provar que ocorreu lawfare  – quando o direito é utilizado como estratégia para distruir um inimigo, conforme a defesa do petista supõe que aconteceu. 

 “O livro mostra que estávamos com a razão. Vamos analisar o fato novo e a sua repercussão jurídica”, explicaram em nota ao UOL.

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Segundo os advogados de Lula , o relato de Janot confirma que os procuradores da Lava Jato “usurparam a competência do Supremo Tribunal Federal e as atribuições do Procurador-Geral da República”.