Aras classifica de inaceitáveis atitudes de Janot: "erros não podem manchar MP"

Ex-procurador-geral da República afirmou em entrevistas que foi armado ao STF para matar ministro Gilmar Mendes e se suicidar logo após o crime

Foto: Pedro França/Agência Senado
Aras foi sabatinado na manhã da última quarta-feira na CCJ do Senado

Em nota divulgada neste sábado, o atual procurador-geral da República, Augusto Aras, classificou de "inaceitáveis" as atitudes de seu antecessor Rodrigo Janot, e acrescentou que “os erros de um único ex-procurador” não podem manchar a imagem institucional do Ministério Público.

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Janot afirmou em entrevistas que foi armado ao Supremo Tribunal Federal (STF) com o objetivo de matar o ministro Gilmar Mendes , mas que desistiu do homicídio pouco antes de sacar a arma.

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Na sexta-feira, a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão contra Janot por ordem do ministro do STF Alexandre de Moraes, após pedido de Gilmar Mendes. Na mesta decisão, Moraes  proibiu Janot de entrar no STF e de se aproximar dos ministros.

Aras  foi empossado no comando da PGR na última quinta-feira , após ser indicado para o cargo pelo presidente Jair Bolsonaro e ter sido aprovado pelo Senado.

Leia a íntegra da nota divulgada por Aras

“O Ministério Público Federal é uma instituição que está acima dos eventuais desvios praticados por qualquer um de seus ex-integrantes. O procurador-geral da República Augusto Aras considera inaceitáveis as atitudes divulgadas no noticiário a respeito de um de seus antecessores. E afirma confiar no conjunto de seus colegas, homens e mulheres dotados de qualificação técnica e denodo no exercício de sua atividade funcional. Os erros de um único ex-procurador não têm o condão de macular o MP e seus membros. O Ministério Público continuará a cumprir com rigor o seu dever constitucional de guardião da ordem jurídica”.

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