O deputado federal Eduardo Bolsonaro se reuniu na segunda-feira com a comunidade brasileira de apoiadores do seu pai, o presidente Jair Bolsonaro , em Nova York e falou que Bolsonaro “não fica abaixando a cabeça para outros líderes” e que há interesses por trás da atual repercussão após a crise na Amazônia . Esses interesses seriam minerais e também as “questões indígenas”.
"A gente tem um presidente que não fica baixando a cabeça pra outros líderes de outros países que a gente sabe que tem muitos interesses atrás do Brasil, não só minerais, as questões indígenas, o que que tá por trás disso tudo, principalmente a Amazônia que tá em voga agora."
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O jantar com a comunidade brasileira aconteceu no restaurante Brazil Brazil, onde seu pai, Jair Bolsonaro, também esteve quando foi a Nova York em 2017, antes de ser eleito. Durante o encontro, o lutador Renzo Gracie entregou um prêmio para Eduardo levar a seu pai em nome dos brasileiros nos Estados Unidos.
Eduardo disse que os médicos orientaram seu pai a reduzir a rotina nos Estados Unidos, por isso as reuniões bilaterais com outros chefes de estado foram canceladas. Mas afirmou que Bolsonaro iria encontrar com Trump.
"Todas as bilaterais que ele teria com chefes de estado ele cancelou, de última hora, ele só vai no jantar oferecido pelo Trump, vai marcar uma presença na verdade só."
Antes do encontro com a comunidade brasileira, Eduardo se reuniu com o ex-estrategista de Donald Trump, Steve Bannon , como já havia feito em outras viagens aos Estados Unidos. Também esteva na reunião o secretário Executivo da Casa Civil, Vicente Santini.
O deputado disse que o tema da reunião foi “como a Amazônia é usada pelo establishment internacional (globalistas) para atacar o Brasil e o presidente Bolsonaro”.
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Depois da reunião de Eduardo, o assessor internacional de Bolsonaro, Filipe Martins, também se reuniu com Bannon . Ele postou uma foto no Twitter, com a legenda em inglês: “Nós não vamos mais entregar nosso país ou nosso povo para o falso canto do globalismo”.
Depois da campanha eleitoral vitoriosa de Trump, Bannon foi nomeado estrategista na Casa Branca, mas deixou o governo após desentendimentos com o presidente e sua família mais próxima — a filha, Ivanka Trump , e o genro, Jared Kushner.
Agora, um ano antes das eleições, tem procurado influenciar o debate eleitoral com sua mensagem de confronto com a China. O próprio Trump tuitou em agosto deste ano que Bannon foi “um do seus melhores pupilos” e que “amou" trabalhar com ele”.
Tanto Eduardo quando o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, já se reuniram em encontros fechados com Bannon diversas vezes nos Estados Unidos. O primeiro encontro de Eduardo com o ex-estrategista foi antes mesmo da eleição de Bolsonaro.