
A procuradora-geral da República Raquel Dodge afirmou nesta terça-feira (17) que, em sua gestão no cargo, houve “diminuição dos vazamentos” e uma “diferença de estilo”, fazendo
uma referência indireta ao seu antecessor no cargo, Rodrigo Janot
. Dodge também disse que pediu arquivamento de trechos da delação do ex-presidente da OAS Léo Pinheiro por
“absoluta falta de elementos”.
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"Houve diminuição de vazamentos, da exploração pelo meu gabinete desse tipo de assunto. É uma diferença do estilo de atuação e do cumprimento da lei. Se a lei diz que não é para
vazar, na minha gestão não vazou", afirmou Dodge
.
A procuradora-geral apresentou números de sua atuação e disse que as 64 denúncias apresentadas junto ao Supremo Tribunal Federal ( STF
) e junto ao Superior Tribunal de Justiça
(STJ) “supera a quantidade de denúncias apresentadas pela maioria dos PGRs em quatro anos”.
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Os acordos de delação e as aberturas de inquéritos, porém, desaceleraram em sua gestão. Foram 95 inquéritos abertos e 19 colaborações assinadas. Dodge disse que respeitou “o
devido processo legal” e afirmou que só apresentou acusações quando encontrou provas suficientes para isso.
"Onde havia provas eu apresentei denúncias, como contra o presidente que me nomeou (Michel Temer) e contra um governador em exercício do cargo, que saiu preso, eu pedi a prisão
dele (o ex-governador do Rio Luiz Fernando Pezão)", disse Dodge.
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Sobre as polêmicas envolvendo os arquivamentos preliminares da delação de Léo Pinheiro, a PGR afirmou que agiu “em respeito à lei”.
"O acordo de colaboração premiada tinha 109 anexos, dos quais eu pedi arquivamento de quatro, por absoluta falta de elementos que embasassem o que foi declarado", ressaltou
Dodge
.