O grupo de trabalho da Lava Jato na Procuradoria-Geral da República (PGR) formalizou um pedido de demissão coletiva em protesto contra a procuradora-geral Raquel Dodgena noite desta quarta-feira (4).
Os seis procuradores que compõem o grupo de trabalho da Lava Jato na PGR avisaram sobre a demissão por meio de mensagem enviada nesta noite a grupos coletivos de trabalho das forças-tarefas em Curitiba e no Rio, assinada por seis procuradores do grupo.
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Na manifestação, eles citam "grave incompatibilidade" com uma manifestação enviada por Raquel Dodge ao Supremo Tribunal Federal (STF) na noite da última terça-feira (3).
Os procuradores não citam detalhes do motivo. De acordo com fontes que acompanham o assunto, a insatisfação se deve a uma manifestação de Dodge sobre a delação premiada do ex-presidente da OAS Léo Pinheiro.
Dodge enviou a delação de Léo Pinheiro na terça-feira pedindo para homologar o acordo. A insatisfação, porém, se deveu ao fato de que Dodge pediu para arquivar preliminarmente trechos da delação que citavam o presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli , e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), antes mesmo do ministro avaliar a homologação (aval jurídico) para o acordo.
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Leia a íntegra do comunicado:
"Devido a uma grave incompatibilidade de entendimento dos membros desta equipe com a manifestação enviada pela PGR ao STF na data de ontem (03.09.2019), decidimos solicitar o nosso desligamento do GT Lava Jato e, no caso de Raquel Branquinho, da SFPO. Enviamos o pedido de desligamento da data de hoje. Foi um grande prazer e orgulho servir à Instituição ao longo desse período, desempenhando as atividades que desempenhamos. Obrigada pela parceria de todos vocês. Nosso compromisso será sempre com o Ministério Público e com a sociedade.