A deputada Carla Zambelli (PSL-SP) matriculou seu filho no Colégio Militar de Brasília sem que ele passasse pela prova habitual. Segundo a deputada, o filho estava sendo ameaçado pela internet e ela não se sentia segura em mantê-lo estudando em São Paulo. A informação foi veiculada pela revista Veja .
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Em entrevista ao jornalo O Globo , Zambelli explicou que o filho começou a estudar na instituição interinamente e não fez a prova do concurso porque não era época de provas e ele precisaria sair de São Paulo urgentemente.
"Então de forma emergencial, ele veio, mas a matrícula demorou alguns meses para sair até porque deviam estar avaliando perfil, teve que fazer uma prova, é avaliado também o perfil do aluno na parte de disciplina, hierarquia", disse a deputada.
De acordo com a revista Veja , a deputada pediu a vaga por ter se mudado para Brasília e argumentou que o pedido estava embasado pelo artigo 92 do Regulamento dos Colégios Militares, que diz que “os casos considerados especiais poderão ser julgados pelo Comandante do Exército”.
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Em transmissão ao vivo pelas redes sociais, a deputada justificou o pedido apresentando o regulamento, além de mostrar também o boletim de ocorrência da ameaça.
"Existe dentro do Regimento do Colégio Militar, temos o artigo 92 que os casos considerados especiais são julgados pelo Comandante do Exército. O caso do meu filho foi considerado especial por conta de eu ser ameaçada por exercer uma atividade pública da forma como eu exerço", disse.
No artigo 52 do mesmo regulamento, é aberta a possibilidade de ingresso na instituição sem a aprovação no concurso, mas as situações citadas englobam apenas dependentes ou filhos de militares.
No Twitter, a parlamentar publicou o e-mail que recebeu com as ameaças ao seu filho. No texto, o anônimo faz referências pornógraficas e diz que ela não pode escondê-lo na casa de familiares.
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A deputada afirmou que seu filho não tirou a vaga de ninguém. "Ele foi analisado, está sendo analisado pelo colégio. Não é assim, não tem concurso pronto, acabou. É uma excepcionalidade, não tirou o cargo de ninguém, fez prova, fez avaliação, foi avaliado, ainda está sendo avaliado pela hierarquia e disciplina", disse Zambelli .