Desfile do 7 de setembro será 15% mais caro do que no ano passado
Apesar de Bolsonaro reclamar frequentemente da falta de recursos, gasto passou de R$ 845,1 mil para R$ 971,5 mil: "Melhorias para a população"
O governo federal vai gastar R$ 971,5 mil no desfile do 7 de setembro, o primeiro da gestão do presidente Jair Bolsonaro (PSL), um aumento de quase 15% em relação ao ano passado, quando foram desembolsados R$ 845,1 mil (corrigidos pela inflação). O valor foi antecipado pela Folha de S. Paulo e confirmado pelo jornal O Globo . De acordo com a Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência, o desfile vai contar com "melhorias para a população", que incluem mais espaços para portadores de necessidades especiais, mais banheiros químicos e telões.
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Bolsonaro tem reclamado frequentemente da falta de recursos do governo federal. Na semana passada, ao comentar reclamações de ministros sobre o Orçamento de 2020, disse que disse que até ele está "chorando". Recentemente, também afirmou que o governo "não tem dinheiro" e que os ministros estão "apavorados" com a situação.
O desfile do 7 de setembro deverá demorar 1h15 e não tem previsão de discurso de Bolsonaro. O Planalto não divulgou em que tipo de veículo o presidente chegará à cerimônia. A primeira-dama, Michelle Bolsonaro, o aguardará no palanque. Em relação ao público, haverá estrutura para 20 mil pessoas sentadas, entre arquibancadas e camarotes. Serão colocados 10 telões ao longo da Esplanada, chegando até a Rodoviária.
O presidente estuda ainda fazer um pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão para marcar a data histórica. Se confirmada, seria a quinta fala do presidente nesses moldes desde que assumiu o cargo.
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O evento do 7 de setembro ocorrerá na véspera do presidente se submeter a uma cirurgia para a correção de hérnia incisional, que surgiu em decorrência de intervenções anteriores, e um dia após o primeiro aniversário da facada sofrida por Bolsonaro durante ato de campanha em Juiz de Fora, em Minas Gerais.